Hoje encontrei no caminho uma carta de amor.
Deslizei o meu dedo, com cuidado, sob a dobra do envelope e após o rasgão, retirei a folha. Desdobrei-a, cerimonialmente, e pousei-a no colo, até ter coragem de a ler. E se fosse tua? E se me dissesse que o meu chamamento é simétrico ao teu?
Li-a. Recebi dos olhos carícias líquidas por cada palavra escrita. Era tua. Mas não era para mim.
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