22 abril 2009

vago lugar

também a mim apetece dizer que és tu
o dono da minha anatomia
não há nenhum compasso
cardíaco
ao qual seja estranha a tua tonalidade
cada poro como amanhecedora flor
se abre ao calor do teu corpo
que ainda uso na memória
assoberba-me
a certeza inequívoca do meu amor
perdido algures
entre os passos do último passeio
e como ferreamente me agarro
ao sentimento
que em mim é tudo
quanto ficou de ti

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