nem o sol, nem a azáfama dos dias
conseguem evitar as palavras
já vezes sem conta usadas
para lavar recordações
volto ao sentimento tantas vezes descrito
onde se juntam todos os fins
que na minha história são tantos
sou eu própria sempre por terminar
maldigo a costela de adão
a espetar-se-me no peito
oxalá fossem suficientes
as pontas dos meus cabelos
para impedir a queda
inevitável quando as penas
sobrecarregam os braços
já não alados, desencontrados
daquilo que chamam céu
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