25 agosto 2007

Dói-dóis e ui-uis, o peito em papa por me teres escorregado das mãos, gordurosas. Amor com unto, que queres? Não sei amar senão desastradamente.

16 agosto 2007

As palavras

gelatinosas
esverdeadas
zumbindo zombando
impunes imunes
pingando da língua animal
desidratando a escrita

venceram-me os olhos
pregados aos ditos azedos
teledirigidos
rasgando-me publicamente

10 agosto 2007

A tua mão

cinco dedos
uma palma
quentes
na minha coxa
afirmando posses
permutando prazeres