25 outubro 2008
Quimo
Estou de volta à circum-navegação cujas rotas tão bem conheço, paredes do meu próprio esófago em queda autofágica, em movimentos peristálticos que me amassam sem deglutir-me, sem conceder-me a dissolução. Pilosidades marcam-me na epiderme cada passagem como se picasse o ponto, assegurando-se da minha pertença aos quadros vitalícios, sem promoção nem despedimento. Quimo viscoso que a garganta regurgita para engolir de novo, que nenhuma ementa previu e que no entanto.
22 outubro 2008
Hoje encontrei no caminho uma carta de amor
Hoje encontrei no caminho uma carta de amor.
Deslizei o meu dedo, com cuidado, sob a dobra do envelope e após o rasgão, retirei a folha. Desdobrei-a, cerimonialmente, e pousei-a no colo, até ter coragem de a ler. E se fosse tua? E se me dissesse que o meu chamamento é simétrico ao teu?
Li-a. Recebi dos olhos carícias líquidas por cada palavra escrita. Era tua. Mas não era para mim.
Deslizei o meu dedo, com cuidado, sob a dobra do envelope e após o rasgão, retirei a folha. Desdobrei-a, cerimonialmente, e pousei-a no colo, até ter coragem de a ler. E se fosse tua? E se me dissesse que o meu chamamento é simétrico ao teu?
Li-a. Recebi dos olhos carícias líquidas por cada palavra escrita. Era tua. Mas não era para mim.
07 outubro 2008
04 outubro 2008
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