12 maio 2008





enchíamos as mãos
das mãos um do outro
transbordavam dedos
e olha agora
como pendem as minhas
sem cruzamento de linhas
incapazes de temperaturas
empoladas de vácuos
é talvez culpa
do calendário

1 comentário:

maria pragana disse...

desconsidero-me já vêscomo empreiteira do meu destino
desdenho andaimes
dá-me vertigens o concreto
secam-se-me sem remédio as plantas
esquivam-se os alicerces