05 junho 2008


valham-me os dedos em pinça
a cavalo no nariz
vai descer, vai descer
dê à manivela ascensorista
no sentido descendente
tenho os ouvidos entalados
por quilos de silêncio
espezinhado sob a superfície
abro os dedos dos pés
sem a atenuante de membranas
vou sem torpedos
num submarino amarelo
yé-yé
campos e campos
de morangos encharcados
com uma cor mesmo a calhar
yé-yé

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