10 maio 2009

cidade indizível

é tua a cidade
o rio que do alto me mostráste
as ruas pontuadas de casas
que outrora habitáste
sigo por dois caminhos
um pé sozinho à frente
outro acompanhando-te atrás
os olhos esses orgãos
de ver e de mostrar
não ocultam o rasto
de passos que sincronizámos
arrítmicos agora
descompassando-me o peito
continua verdade
aquilo que não te disse

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